#Dragon Age RPG – Mais que uma opinião sobre este lançamento

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Bem, terminei de ler os dois livros que compõem a caixa 1 do Dragon Age RPG, logo após visitei alguns sites, alguns fóruns e vários blogs e depois de ler várias opiniões venho dar meu humilde parecer.

Em primeiro lugar se você não gosta de Dragon Age jogo eletrônico provavelmente não vai gostar de DA RPG, outro ponto é que se você é um fã incondicional de DnD4, DnD 3.5, Pathfander ou qualquer outro sistema/cenário, poupe seu tempo, pois apenas irá ler para criticar o sistema/cenário de outros fãs. Se por outro lado é um jogador disposto a experimentar novos cenários e sistemas DA pode ser uma ótima experiência e entrar no Hall dos melhores. E por fim de é fã de Dragon Age, não tenha dúvida vai gostar muito deste RPG.

O sistema de jogo utiliza, para quem ainda não sabe, 3d6 (três dados normais), você pode jogar com os seus dados do WAR. Sendo que um deve ser diferente, este será o dado do dragão. Na caixa básica, já vêm com os dados (legal né). O dado do dragão serve para medir o grau de sucesso em um teste de habilidade, se necessário, ou para ver quantos pontos de façanha o personagem ganha. Façanhas são “movimentos especiais” que o personagem pode fazer gastando pontos, estes movimentos podem variar de um ataque mais rápido a causar um dano bem maior. Os testes são bem simples, basta somar o resultado obtidos nos dados + habilidade + bônus e superar um número alvo determinado pelo mestre ou pelas regras. Se igualar ou superar o personagem foi bem sucedido. No livro do mestre há algumas regrinhas extras falando sobre teste, na verdade dicas de como aplicar na partida e deixar o jogo fluir.

As regras do jogo assim como o sistema são bem simples, não há muitas opções ou nuançais, simplesmente seu personagem tenta fazer algo, que pode ser bem sucedido ou não, se for bem sucedido o dado do dragão ajuda a ver o quão bem se saiu. Bônus e penalidades se aplicam com a julgamento do mestre e estes não ultrapassam os limites de 1 a 3. Há uma explicação bem rápida com alguns exemplos sobre perigos (armadilhas) naturais, emboscadas, mecânicas, etc. O mesmo tipo de abordagem vale para a criação de personagens não jogadores (NPCs) em geral. Este tipo de abordagem pode não agradar jogadores e mestres (principalmente) que estão acostumados com livros cheios de regras descrevendo armadilhas e mecanismos, com tabelas e capítulos inteiros para a criação de personagens e modelos prontos para usar. Aqui a liberdade tem um preço e cobra caro para aqueles que estão acostumados a montar coisas estranhas usando várias opções das listas e dos pontos. A criatividade e o bom sendo caminham juntos e bom senso para alguns pode significar falta de imaginação ou de desculpa para criar monstros sem sentido.

A criação de personagem não deve demorar muito e há até seis personagens prontos para baixar no site da Jambô, para os mais preguiçosos como alguns do meu grupo. Para quem gosta de montar há um dia de 8 passos rápidos, acredito que irá demorar mais para a escolha de feitiços. Assim como no game, você pode escolher um antecedente ou histórico, uma mescla de raça com cultura e depois escolhe a classe que são apenas três, guerreiro, ladrão e mago. O que vai diferenciar seu personagem dos demais, além do antecedente serão suas escolhas de talentos e focos. Não sei se nos níveis médios haverá possibilidade de aumentar estas diferenças ou se cairá no problema de todos as classes começarem a ter os mesmos poderes. O sistema de XP também é muito interessante, o mestre pode distribuir os pontos por tipo de desafio, mas isso depende de como o grupo se saiu no encontro. Por exemplo se o mestre pensou que um monstro iria ser um mega desafio e o grupo consegue vencer sem muitos problemas o mestre dará um xp para encontros fácil se o mestre pensou que o encontro seria mole, mas os jogadores caíram numa maré de má sorte o mestre pode os recompensar com xp de uma encontro desafiador. Achei muito justo. Em DA não há tabelas com criaturas que desafiam o grupo somando mais criaturas e colocando outras ou nível de desafio. Aqui o desafio se instala no momento do encontro e novamente o bom senso do mestre e que vai conduzi-lo.

Um problema apontado em diversos lugares em DA foi a sua falta de regras para os níveis além do 5º. Acredito que este fato se deu para grupos que estão muito acostumados em começar a jogar suas campanhas em níveis médios de outros sistemas como o de DnD. Em DA, o primeiro nível já é um nível que se pode fazer muitas coisas bem legais, uma mago não fica tão limitado a duas ou três feitiços por dia e os guerreiros tem pontos de vida suficiente para vários combates. Vale muito a pena começar a jogar no nível 1 e ir subindo até o 5. O mestre pode fazer algumas minis campanhas e testes várias combinações.

Há também bastante temas a serem explorados pela história do cenário, além do mais comum, Crias das trevas atacando o mundo. Há dos lobisomens, da caça aos magos, dos templários e muitos outros. Para quem não conhece Dragon Age, o cenário é descrito como Dark Fantasy ou Fantasia Sombria. Isso por causa da sua temática, um igreja com punho de ferro chamada de O Coro, tenta manter o controle da sociedade, a qual está imersa na corrupção e no medo. Medo este que vem tanto dos magos, que podem ser alvo dos demônios que os possuem os transformando em abominações incontroláveis e que podem destruir uma cidade, quanto das crias das trevas, seres que vagam das profundezas das minas dos anões até a superfície para atacar, saquear e fortalecer suas legiões de Flagelos do demodragão.

No geral Dragon Age é um bom RPG para quem quer um sistema prático, que gosta de criar sem ter seguir regras rígidas ou tabelas. Para quem curte Dragon Age no PC ou nos consoles de games e para quem gosta de aventuras em cenários sombrios, cheios de intrigas e perigos sobrenaturais.

Entrevista com Chris Pramas (Green Ronin) sobre Dragon Age RPG

Há algumas semanas atrás, a Green Ronin, editora de produtos como True20 e M&M, revelou um acordo com a Bioware, de Baldurs Gate e KOTOR, para a realização de um RPG baseado no futuro jogo Dragon Age. O site Game Banshee fez uma entrevista com Chris Pramas, Dono da Green Ronin, sobre o desenvolvimento do RPG de mesa. Confira aqui o original e abaixo uma tradução feita 

– Para começar, você pode nos dar algumas poucas informações sobre você e a Green Ronin? Quais outros produtos de RPG você criou e publicou no passado?

Eu me tornei game design profissional em 1993, e tenho estado trabalhando na industria desde então em multiplas tarefas: como escritor free lancer; na equipe de desing; diretor criativo, dono de companhia, e presidente. Eu tenho trabalhado em muitos RPGs, e escrito e/ou desenvolvido centenas de livros e artigos para revistas. Eu tive um contrato de 4 anos com a Wizards of The Coast, trabalhando com D&D e o jogo de miniaturas Chainmail.

Eu comecei a Green Ronin em 2000, enquanto estava na WotC. Eu trabalhava no Chainmail nesta época e queira manter um dedo na fatia do mercado RPG. Eu não tinha planos grandioso no inicio. Eu queria publicar um jogo leve e simples que eu havia desenvolvido com Todd Miller chamado Ork! The RPG. Então eu pensei em assumirmos um risco e fazer uma aventura usando a ainda não testada Open Game License e ver como nós iriamos. Eu escrevi Morte em Porto Livre e nós a lançamos na GenCon 2000, no mesmo dia do lançamento do Livro do Jogador da Terceira Edição. Ela foi um grande sucesso e a companhia se expandiu rapidamente. No tempo que eu sai da WotC, em 2002, eu estava apto para dar o passo trabalhndo na Green Ronin de tempo integral.

No decorrer de 9 anos a Green Ronin publicou mais de 100 livros e jogos. Eu acho que deveria saber exatamente qual a quantidade de livros jogador mas eu perdi as contas há alguns anos atrás. Nosso maior sucesso tem sido o Mutantes e Malfeitores, um RPG de super-heróis que esta agora na segunda edição. Em adição a uma longa linha de produtos do sistema d20, nós temos também publicado o True20 Adventure Roleplaying, Spaceship Zero, Blue Rose e o Faery’s Tale Deluxe. Nosso jogo mais recente é o Song of ice and Fire RPG, baseado na fantásticas série de fantasia de George R.R Martin

Nós também ficamos 3 anos trabalhando como designer para a Games Workshop. Eu desenvolvi a segunda edição do Warhammer Roleplay e nós trabalhamos com a GW e criamos cerca de 20 livros de suporte para esta linha

– Como as negociações para Dragon Age efetivamente surgiram? Você se aproximou da BioWare, ou foi de outra forma?

Eles se aproximaram de nós e conversamos sobre o assunto durante algum tempo. Nós estavamos, claro, totalmente interessados. Eu adoro os jogos da BioWare. Eu raramente tenho encontrado tempo para terminar jogos de computador, mas eu finalizei Knights of The Old Republic duaz vezes [ uma pelo lado da luz e outra pelo lado negro] Eu fiquei bastante animado com Dragon Age por escutar a frase “o sucessor espiritual de Baldur’s Gate”

– Como tem sido trabalhar em um projeto que foi originalmente concebido por outra equipe? Você tem alguma pessoa da BioWare a sua disposição a qualquer hora para quaisquer questões que apareçam durante o desenvolvimento do RPG de mesa?

A Green Ronin já fez muitos RPG licenciados no passado: Black Company, Thieves World, The Nocturnals, Red Star, e A Song of Ice and Fire. Trabalhar com Dragon Age tem sido muito próximo de como as coisas foram quando estavamos  fazendo o Warhammer Fantasy Roleplay. Em ambos os casos nós estavamos trabalhando com uma companhia e usando as mesmas propriedades de uma jogo em uma categoria diferente. Então o que importa é decidir como expressar o mundo de jogo em estilo de jogo. Eu viajei para Edmoton e me reuni com várias pessoas do grupo de Dragon Age. Ele me deram muitas informações e conversamos sobre qual seria a abordagem do RPG. Desde então nós temos nos comunicado na maioria das vezes via e-mail e algumas vezes por telefone. Meu contato regular é Mark Darrah, e ele tem sido ótimo e respondido todos os meus questionamentos

– A quanto tempo você vem trabalhando nas regras para o RPG de Dragon Age, e você antecipou alguma dificuldade na data do lançamento conjunto em Setembro? Quanto de trabalho ele ainda precisa para estar pronto?

A cerca de um ano, mais ou menos nesta mesma época do ano passado eu estava pensando e fazendo anotações. O calendário é bem inflexivel para o que nós estamos tentando fazer, mas este é o mercado de jogos. Neste momento eu continuo precisando finalizar o texto da primeira versão, o que significa incorporar a resposta dos playtestsm desenvolver algum material que outros autores contribuiram, e escrever algum material mais leve [como conselhos para o Mestre]

– O fãs de longa data da BioWare estão provavelmente mais familiarizados com os jogos de RPG associados com Dungeons & Dragons. De que forma as regras de Dragon Age serão similares/diferentes das e D&D?

Assim como D&D e vários outros jogos publicados ao longo dos anos, Dragon Age é um sistema de classes e niveis. Semelhante ao jogo de computador, o RPG possui 3 classes: Mago, Ladino e Guerreiro. Ele é diferente em muitos outros pontos. Ele usa apenas dados de 6 faces, e usa um sistema de magia por pontos ao invés do sistema Vanciano, e não tem sistema de alinhamento no inicio

– O novo jogo de RPG de mesa é descrito como “fácil de aprender”. Quais foram os passos dados para assegurar que o esta versão do RPG não tenha uma curva de aprendizado muito dificil para veterano entusiastas do RPG e para iniciantes?

Nosso primeiro lançamento é um box set o que presume nenhuma necessidade de experiencia com outros RPG. Ele é desenvolvido de uma forma que ensine as pessoas a jogar, então ele tem várias dicas e exemplos. Acima disto tudo, o sistema é simples e não é tão complicado quanto a Terceira e Quarta edições de D&D.Tudo funciona com testes de habilidade, então você rola 3d6 e soma um número para ter seu resultado

– Quantos livros de regras os sistema compreenderá inicialmente, e o que cada um destes livros cobrirá? Você estará usando as artes-conceituais da BioWare e outros ilustradores dentro destes livros?

O box set terá 2 livros [um Guia do Jogador e um Guia do Mestre],um mapa poster de Ferelden e 3 dados de 6 faces. O Guia do Jogador apresenta o RPG de uma forma geral e este jogo especificamente. Ele mostra como fazer um personagem e dá para você os 5 primeiros livros de cada classe. O Guia do Mestre ensina arte de como mestrar e inclui uma aventura que você pode usar para começar sua campanha. Ambos os livros terão arte criada pela BioWare, assim como novas artes que nós estamos fazendo.

– Se a versão RPG de mesa do jogo for um sucesso, você pretende expandir a oferta inicial com mais livros e modulos? O que você gostaria de ver neste projeto neste primeiro ano? E em cinco anos?

Sim queremos. Como eu mencionei, o primeiro conjunto de livros cobre os niveis de 1 á 5. Nós faremos novos conjuntos que combriram os niveis 6 á 10, 11 á 15 e 16 á 20. Nós daremos suporte ao jogo com aventuras e outros materiais. O que eu gosto nesta abordagem é que nós não estamos pedindo que você compre um conjunto inicial e depois o “jogo real”. O conjunto inicial é o jogo e você irá apenas construi-lo em cima dele.

Em um ano eu gostaria de ver um segundo conjunto e o nascimento de uma comunidade de jogadores de Dragon Age. Em cinco anos eu espero ver um grupo inteiro de errepegistas que entraram no hobby por causa do Dragon Age. Tradicionalmente, a maioria das companhias de RPG deixa a captação de sangue-novo para quem esta publicando D&D. Eu acho que nós precisamos de mais jogadores e estou fazendo o meu melhor para fazer alguns.

– Abdicações frequentemente tem de ser feitas para trazer as regras de RPG para um video game. Como você esta trabalhando no processo inverso neste projeto, o que você esta buscando para dar vida ao conteúdo de Dragon Age: Origins [pericias; magias; conhecimento, etc] e acomoda-lo em um RPG de mesa?

O jogo de computador e o RPG de mesa compartilham certos elementos principais, mas desde o começo a BioWare entendeu que nosso jogo não poderia ser uma transliteração deles. O designer chefe me disse que eu não deveria usar o sistema de resolução deles, por exemplo. Então você verá as mesmas magias e classes, mas não deveria presumir que tudo é igual como é no Dragon Age: Origins

– Qual é o preço que nós deveriamos esperar para os livros de regras de Dragon Age, e eles estarão disponiveis em formato eletronico? Algum plano em incluir o RPG básico com a edicão de colecionador de Dragon Age: Origins?

O primeiro conjunto sairá por $29.95 e nós temos planos de oferecer as regras no formato .pdf. Eu adoraria incluir nosso jogo em uma versão de colecionador de Dragon Age: Orgins, mas eu não acho que há tempo para que isto seja feito

Este artigo fui publicado originalmente no site http://www.paragons.com.br/entrevista-com-o-chris-pramas-green-ronin-sobre-o-rpg-dragon-age/

Diário do design Dragon Age RPG (traduzido)

Box art for the PC 'Collector's Edition'.
Image via Wikipedia

Chris Pramas, conhecido como o dono da Green Ronin esta escrevendo uma série de diários baseados em suas experiências de design do futuro RPG baseado no maega lançamento Dragon Age: Origins.

Abaixo temos a tradução do primeiro destes diários, você pode conferir o original aqui.

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Nós estamos nos preparando para o lançamento do nosso novo RPG, Dragon Age RPG, então para aguçar o seu apetite eu estou fazendo alguns diários de design para o jogo aqui em greeenronin.com. Você pode me conhecer como presidente da Green Ronin Publishing, porém eu também sou o designer do Dragon Age. Eu não tenho a chance de erguer minhas mangas e fazer um trabalho sério de design desde Warhammer Fantasy Roleplay 2nd Edition, então eu decidi pegar este projeto sozinho. Mas eu estou a frente de mim mesmo.

A Bioware e a Green Ronin vem tendo uma admiração mútua ocorrendo durante muitos anos. Nós amamos os jogos de computadores feitos por eles e eles amam nossos jogos de RPG. Nós vínhamos falando em off e em on sobre trabalhamos juntos, porém o projeto certo no tempo certo para ambos de nós mostrava-se escorregadio.
Então eles nos abordaram sobre desenvolver um RPG para complementar o vindouro jogo de computador Dragon Age: Origins. Assim que eles me disseram que Dragon Age: Origins era o “sucessor espiritual” de Baldur´s Gate, eu estava comprado. Eu havia jogado muito Baldur´s Gate e se Dragon Age: Origins seria qualquer coisa semelhante ao seu predecessor, eu queria fazer parte disto.

Há um pouco menos de um ano atrás eu voei até Edmonton para fechar o negócio e dar uma olhada no jogo. Eu conheci muitas pessoas da BioWare durante estes dias e eles me encheram com os seus planos e a forma tal como o jogo iria ficar. Eu peguei as suas idéias sobre os sistema de jogo, o mundo e tomei muitas notas. Eu teria que fazer algumas decisões chave em breve e eu precisava de toda a base que eles poderiam me dar.

A questão mais importante era desenvolver um novo sistema de jogo ou usar um já existente? A coisa mais fácil a se fazer teria sido pegar um dos nossos sistemas como A Song of ce And Fire ou True20 e adaptá-lo para o mundo de Dragon Age. Entretanto na Green Ronin nós levamos muito a sério nossos jogos licenciados. Nós queremos fornecer uma xperiência em jogos de mesa que capture da melhor forma o material da fonte, seja ela os romances de George R.R. Martin ou jogos de computador. Então eu tive que avaliar Dragon Age e como ele se casava com nosso jogos existentes.

Dragon Age: Origins usa um sistema clássico de nível e classe. O que faz com que A Song of Ice and Fire, um jogo baseado em perícias e sem classes, se tornasse fora de cogitação. True20 parecia ser a escolha certa a primeira vista. Dragon Age: Origins tem apenas três classes [mago, ladrão e guerreiro], assim como True20 [ adept, expert e warrior]. Porém Dragon Age tem uma abordagem mais old school e True20 não passava a sensação certa. O sistema de poderes particularmente não era uma boa escolha para a magia de Dragon Age.

Então, bem no ínicio do processo eu decidi que o jogo seria melhor servido desenvolvendo um novo sistema. Eu também decidi que eu queria fazer sozinho, assim eu estava preparado para um desafio de design de jogos e tinha várias idéias circulando na minha cabeça sobre como abordar um novo jogo com classes e níveis. Eu retiraria inspiração do jogo de computador, mas em último caso o RPG de mesa seria um novo animal. O que funciona para um jogo de computador e o que funciona para um jogo de RPG não é necessariamente o
mesmo e em primeiro lugar eu queria estar certo de que nós faríamos um ótimo RPG de mesa.

Eu também decidi no ínicio que eu queria que Dragon Age fosse acessível a novos jogadores. Quando eu comecei a preparar o terreno para o sistema, eu percebi que Dragon Age era uma oportunidade fantástica para trazer novos jogador para o hobby. Eu sabia que Dragon Age: Origins se tornaria grandioso e que haveria uma porção de fãs famintos para aprender mais sobre o mundo de Thedas. Um RPG de mesa poderia dar isto para eles, e introduzi-los ao estilo de jogo que deu a luz os jogos de computador em um primeiro momento.

No topo disto tudo, Dragon Age era uma chance de estabelecer um novo RPG de fantasia que fosse mais fácil de começar e jogar do que muitos jogos atuais. Existe o motivo que eu estava com muita vontade de desenvolver um jogo que trouxesse novo sangue para o hobby: o mercado vem encolhendo há anos. Parte disto tem relação com o aumento da complexidade dos jogos de mesa. De muitas formas o RPG como hobby tem construído um muro em torno de si mesmo e então todos nós temos reclamado que ninguém vem mais nos visitar enquanto vemos nossos camaradas partindo em outras buscas. Se Dragon Age puder conquistar novos jogadores enquanto traz de volta aqueles alienados pelos rumos recentes no RPG, isto apenas beneficiaria o hobby que nós todos amamos.

Com estas decisões feitas, meu caminho estava pronto. No meu próximo diário de design eu irei entra a fundo na mecanica do jogo. Se você quer ler mais sobre o design provisório de
Dragon Age, eu recentemente dei uma longa entrevista para o the Escapist. Você pode conferi-la em escapistmagazine.com

Vejo vocês em breve com maiores informações sobre Dragon Age!

Este material fui originalmente publicado no site: http://www.paragons.com.br/traducao-do-diario-de-design-de-dragon-age-rpg/